SÍNDROME DE BURNOUT

O termo Burnout tem origem na língua inglesa, a partir da união de dois termos:burn e out, que respectivamente significam queimar e fora. A união dos termos é melhor traduzida por algo como “ser consumido pelo fogo”. A partir da década de 80, autores como Maslach passaram a usar esse termo para designar a síndrome decorrente da exaustão emocional humana, ou seja, uma condição em que o sujeito tem suas energias consumidas.

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico cujas principais características são o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocados pelas condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. Ela é frequente nas profissões ligadas às áreas de educação, saúde, assistência social e recursos humanos, tendo altos índices de prevalência em agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada.

O sintoma típico é o esgotamento físico e emocional, refletindo em ausências no trabalho, agressividade, isolamento, alterações no humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, perda de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima. Com frequência os acometidos pela síndrome de burnout sentem dores de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação e apresentam hipertensão, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais.

Para ser diagnosticada é necessário associar a vida pessoal do paciente e sua realização profissional, levando em conta todo seu histórico. As causas da Síndrome de Burnout compreendem um quadro multidimensional de fatores individuais e ambientais, que estão ligadas a uma percepção de desvalorização profissional. Isso significa dizer que não se pode reduzir a causa a fatores individuais como a personalidade ou algum tipo de propensão genética. O ambiente de trabalho e as condições de realização deste podem também determinar o adoecimento ou não do sujeito. Também existe um questionário específico que avalia a síndrome de burnout.

O tratamento da síndrome de burnout engloba o acompanhamento médico e psicológico, uso de antidepressivos, ansiolíticos e psicoterapia, mudanças de hábitos, exercícios físicos e de relaxamento.